sexta-feira, 25 de novembro de 2011

PARA A LIBERDADE FOSTES COMPRADOS!

Paulo era um Apóstolo tolerante e paciente com muitas coisas. Se conferirmos 1Coríntios 13.4-7, poderemos confirmar isso com clareza. Mas quando se tratava da verdade do evangelho, ele era inflexível. Se o assunto fosse a Palavra de Deus, as verdades do reino, o Evangelho de Jesus Cristo, ele não abria mão, até mesmo porque, ele mesmo disse, em Gálatas 1.11-12: “Mas faço-vos saber, irmãos, que o Evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens, porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo”.

A revelação que Paulo havia recebido do Senhor Jesus era a única “regra” que ele seguia. Paulo sabia que não podia, de forma alguma, ensinar nada diferente do que a ele houvera sido revelado, mesmo que desse desvio dependessem a “paz” ou a “união” da igreja.

Paulo entendia que, se abrisse mão de alguma parte do Evangelho de Cristo, estaria comprometendo não só a glória do próprio Cristo, com também a salvação dos perdidos, pois o evangelho é a única mensagem capaz de salvar o pecador da destruição eterna.

Por essa razão, em Gálatas 2, Paulo fala de sua ida a Jerusalém, juntamente com Barnabé e Tito. Nessa viagem, Tito, que era grego e, portanto, não era circuncidado, tornou-se alvo do tradicionalismo religioso que havia naquele lugar. Atos 15.5 diz que se levantaram alguns do partido dos fariseus, que haviam se convertido, e exigiam que Tito fosse circuncidado para que se cumprisse a Lei de Moisés. Esses crentes, mesmo tendo crido, mesmo tendo conhecido a Jesus, não abriram mão da religiosidade nem do tradicionalismo. Continuavam sob o jugo da Lei, sob o jugo da servidão, ignorando que Cristo os havia – como também a nós – libertado da maldição da Lei.

Interessante que, a esses crentes, Paulo chama de falsos irmãos, em Gálatas 2.4, e afirma que “aos quais, nem ainda por uma hora cedemos com sujeição, para que a verdade do evangelho permanecesse entre vós”. (Gl 2.5).

E Paulo foi além. Não só resistiu ao tradicionalismo como repreendeu ao próprio Pedro, que estava, naquele momento, com ânimo dobre. Comia com os gentios, para os “agradar”, mas quando soube que os discípulos de Tiago estavam chegando, afastou-se deles, por causa da circuncisão. Por causa disso, Paulo afirmou que Pedro era repreensível, e o chamou de dissimulado (Gl 2.13), que em outras palavras significa, falso, fingido, camuflado, hipócrita, uma vez que não assumira uma postura única, diante dos gentios. (Cf Gálatas 2.11-21).

O que Paulo quis dizer, e o que a Bíblia tem para nos ensinar é que, uma vez que fomos alcançados pela graça de Cristo, não podemos nos submeter a jugo de servidão. Não podemos nos submeter a regras de homens quanto à doutrina, quanto à religião, quanto à tradição. Não podemos aceitar nenhum outro ensinamento se não a Palavra de Deus.

Precisamos servir a Jesus e obedecer à sua Santa Palavra, e nada mais. Tudo que passa disso são preceitos humanos, e não procedem de Deus.

Se Cristo nos libertou, usemos essa liberdade, sejamos livres. E se ele não libertou ainda, que aquele que não foi liberto busque essa liberdade, para que a Graça de Deus seja manifesta e Cristo seja glorificado. “Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão” (Gl 5.1).

Que Deus tenha misericórdia de nós!

Em Cristo Jesus, M.M. Edilson Araújo Santiago.