quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Adoração?

Dia desses conversava com alguém no facebook sobre louvor. Lá pelas “tantas” ouvi dessa pessoa a seguinte frase: “É bom ter umas músicas mais de adoração, mas precisa ter uns louvores legais também”.

A princípio, pode parecer engraçado, mas essa frase me fez refletir sobre algumas coisas. Percebo, por exemplo que ainda hoje, mesmo com tanta informação e facilidade de acesso ao conhecimento, ainda existem pessoas que desconhecem totalmente o significado de louvor e adoração, mesmo estando na igreja há muito tempo. Percebo ainda que boa parte dessas pessoas não podem ser culpadas por sua ignorância. Muito pelo contrário, são vítimas de igrejas que não buscam doutrinar seus fiéis na Palavra de Deus, e vivem um evangelho comercial, centrado na prosperidade e na vitória, que manipulam emocionalmente seus seguidores e não lhes oferecem o conhecimento, que deveria, em minha humilde opinião, ser a primeira preocupação de uma igreja para com seus membros.

Por isso já previa a Bíblia que o povo é destruído pela falta de conhecimento (Os 4.6). Falta de conhecimento que impede o louvor, impede o fluir da adoração, impede que hinos e cânticos biblicamente coerentes e teologicamente corretos sejam escritos, e o mais triste: impede que os crentes sejam edificados rumo à estatura de Cristo.

O resultado temos visto por aí. Músicas que não dizem nada, que não têm cinco frases coerentes, e que até algum tempo pelo menos eram “boas”, tecnicamente, o que já está se tornando raridade também. É claro que falo de algumas músicas, e não de todas.

É preciso rever alguns conceitos. Há que se ensinar nas igrejas que música é uma, apenas uma forma de louvar. Muitíssimo agradável, maravilhosa, mas é apenas uma. É preciso que os crentes saibam que adoração é estilo de vida, e não música, que adorar significa servir, entregar-se totalmente ao Senhor, e não simplesmente tirar um momento para cantar.

É necessário ensinar que Deus ama a variedade, e que o diabo nunca criou nada, e que, portanto, (digo isso ciente das críticas que virão), não existe essa história de música sacra e música profana. O que existe são pessoas sacras e pessoas profanas, que produzem textos sacros ou textos profanos, que vivem vidas sacras ou vidas profanas.

Sinceramente, temo os efeitos da falta de conhecimento. Temo o desaguadouro de tudo isso.

Que Deus se digne em nos abençoar.

Em Cristo, M.M. Edilson